Iniciamos essas considerações pensando em dois paradigmas; um de caráter de uniformidade, que atribui à escola um caráter regulatório; e outro que concebe o educador/educação como andarilho de fronteiras, um docente interdisciplinar. Isso porque estamos preocupados com espaços educacionais alternativos e sabemos que é impossível a formação de uma educação com condutas coletivas (em que as relações de reciprocidade e solidariedade sejam predominantes) sem que os indivíduos sejam intelectualmente e moralmente autônomos.
Por isso entendemos que a escola deve existir como instância importante para a construção de uma cultura da responsabilidade pessoal na perspectiva da construção da autonomia moral e intelectual.
Ao trazer a reflexão sobre o ensino de educação física escolar, pode-se perceber também um arcabouço substancial de contribuições dessa área do conhecimento para o trabalho pedagógico docente na escola e para além disso. A trilha desenvolvida neste material formativo e de contribuição pedagógica permitiu o encontro com assuntos contemporâneos de grande relevância para um ensino de mais qualidade e comprometido com a formação e humanização dos sujeitos envolvidos.
Para tanto, é importante que a formação docente na área da Educação Física na Educação Infantil possa fomentar ações didáticas e lúdicas do saber por meio de atividades diversificadas, interativas, humanizadoras e promotoras de um conhecimento mais elaborado pelas crianças. Assim, a linguagem do corpo e movimento na escola precisa ser imbuída da cultura do diálogo e cooperação entre adultos e crianças e crianças e crianças, visto que é uma cultura da qual muitas vozes participam e que podem se fazer ouvir.
Até breve!